O que vem em sua cabeça quando pensa em Egito? Pois bem, em minha vem a primeira civilização na terra na qual temos registros. Dessa maneira, antes mesmo da viagem, começamos a nos questionar da origem de nossa existência e o grande processo de transformação que passamos.
Após a chegada, fomos muito bem recepcionados no aeroporto local com os staffs locais, sendo um deles o guia de nossa viagem de 12 dias, o egípcio Bassam El Sweffi, mas de português fluente e muito capacitado na sua função de explicar sobre as histórias básicas do Egito e algumas de suas peculiaridades.
Cairo
Começamos por Cairo, a capital do Egito, e uma das cidades mais importantes da África, com mais de cinco milhões de habitantes (o Grande Cairo alcança 17 milhões). De imediato, já se notam algumas características locais: clima muito quente e seco, alto nível de poluição e um tráfego intenso (nada diferente de muitas cidades do Brasil). Também foi possível reparar o impacto da cultura local, desde as vestimentas até a própria língua.
Gizé
A segunda viagem foi a de Gizé, onde estão as famosas pirâmides do Egito (Quéops, Quéfren e Miquerinos) – o cartão postal da cidade. Chegando ao destino tivemos a oportunidade de ver a imensidade desses monumentos e refletir na arquitetura daquela época(2.700 anos a.C). Nem mesmo os muitos comerciantes, oferecendo seus produtos de maneira “chata”, impediram de admirarmos a última das “7 Maravilhas do Mundo”, pois sempre que se pensa em Egito, as tais pirâmides são a primeira imagem em nossa cabeça (pelo menos na minha). Isso tudo acompanhado com o Bassam e suas ótimas explicações sobre da história de seu povo na antiguidade.
Museu do Cairo
O dia seguinte foi destinado ao Museu do Cairo, que contempla a tumba de um dos faraós mais relevantes da história egípcia, na XVIII dinastia: Tutancâmon.
No museu foi possível entender muito dos processos de sepultamento (a mumificação) dos faraós, dentre outros assuntos culturais peculiares do Egito. É realmente muito interessante estar diante de monumentos e artes daquele período, muitos feitos há mais de 3.000 anos a.C.
Após o aprendizado de muitos mitos e histórias no Museu Egípcio, tivemos a oportunidade de assistir a um concerto de ópera em uma das casas mais renomadas do mundo: Opera House. E fechamos a noite com um coquetel em um restaurante flutuante as margens do Rio Nilo.
O dia seguinte foi destinado ao aprofundamento da religião Cristã no Egito. Cerca de 100 km do Cairo, seguimos até o Vale Natrun para conhecer três dos quatro monastérios cristãos milenares que ainda restam na região e um pouco da história e a cultura do cristianismo no Egito. Apesar de o Egito contemplar cerca de 94% da religião muçulmana, o cristianismo copta (egípcio) tem uma parcela importante para o Egito. É uma religião muito forte, devido às evidências de que Jesus Cristo teria passado pelo Egito, ainda criança, juntamente com sua família, em fuga de Herodes. Existem alguns Monastérios muito importantes na região do Antigo Egito. Muito interessante entender os costumes dos monges locais e seu cotidiano, se encerrando com um almoço típico.
Dia seguinte é hora de partir, mas… para Luxor! Uma cidade muito importante para a história do Egito, na qual existem alguns templos muito bem conservados do Antigo Egito.
Luxor
Após a chegada a Luxor, fizemos uma visita ao tão famoso Vale dos Reis, onde foi encontrada a famosa tumba de Tutancâmon (onde se encontra no Museu do Cairo atualmente) e conhecer o primeiro templo local e o maior do Egito: O Templo de Karnak. A partir desse templo já foi possível ver o design elaborado pelos egípcios na antiguidade, com pinturas em alto relevo( a maioria no interior das construções) e em baixo relevo ( a maioria no exterior). Dessa maneira, as pinturas internas demoravam um tempo maior para se danificarem por estarem em menos contato, e assim os registros se mantinham por mais tempo.
No período da noite visitamos o Templo de Luxor, com um belo show de luzes dentro do local. Foi possível reparar a similaridade com o outro templo, no que diz respeito a arquitetura e engenharia: Todos os templos tinham a mesma estrutura.
Dia seguinte uma surpresa: Tínhamos um passeio de balão, na qual voaríamos por cima do Rio Nilo e do Vale dos Reis! Dessa maneira todas as expectativas se ultrapassaram na viagem! Realmente um passeio que recomendo a todos que conhecerem Luxor. Após o passeio, tivemos tempo livre para poder descansar e comer, pois teríamos um cruzeiro as margens do Rio Nilo a nossa espera.
O cruzeiro era muito interessante, com uma decoração bem peculiar de um país oriental. Fizemos um trajeto até a cidade de Dendera, para ver justamente o Templo destinado a Deusa do amor Hathor: O Templo de Dendera, o mais bem preservado do Egito.
Após a visita, voltamos ao Cruzeiro para retornar a Luxor. Dia seguinte o destino era Aswan!
Aswan
No caminho a Aswan, fizemos algumas paradas para conhecer outros Templos: O Templo de Edfu, que foi dedicado a Hórus – Um Deus em forma de Falcão e uma das imagens mais emblemáticas para o a cultura egípcia. No caminho uma curiosidade: A quantidade de mesquitas muçulmanas às margens do Rio Nilo. A noite, elas são iluminadas de verde ( O Deus Allah menciona o verde em alguns versículos do Alcorão como a cor da roupa no paraíso).
A outra parada foi no Templo Kom Ombo, onde além de magnífico é o mais próximo ao Rio Nilo. Lá tivemos a oportunidade de ver um museu da mumificação dos Crocodilos, e com explicações a respeito desse processo.
Chegando em Aswan, fomos levados de barco a uma ilha onde estava o hotel em que nos hospedamos.
Após deixadas as malas no hotel, ja nos encaminhamos a outro Templo: O Templo de Philae, um templo muito peculiar por ter sido o único a ser transferido de local, pois a área de origem havia sido inundada pela Represa Nasser, e todo o processo foi realizado pela UNESCO. Vimos um grande show de luzes e som, com histórias e mitos egípcios para deixar a visita ainda mais interessante!
No dia seguinte foi destinado a conhecer uma comunidade muito forte que se localiza as margens do Rio Nilo: O Povo Núbio, na qual tivemos a oportunidade de nadar no rio. Essa comunidade, de origem africana, foi constituída em sua maioria por escravos que viviam na região do Egito Àfrica Subsaariana. Uma cultura muito forte, marcado pelos artesanatos locais e pratos típicos. E por fim tivemos a oportunidade de andar de camelo ao redor da comunidade e ter essa experiência indescritível, apreciando a beleza local.
Por fim, visitamos o Obelisco Inacabado: Interrompido por existir uma fenda na pedra, que para os padrões de perfeição egípcia era inaceitável. O monumento foi abandonado e hoje em dia é um ponto turístico muito importante para Aswan e sua história.
Volta ao Cairo:
De volta ao Cairo, tivemos um dia inteiro para adentrar a cultura muçulmana. Conhecemos algumas mesquitas, sempre com as informações de Bassam a respeito dessa religião muito emblemática no país. Pudemos ouvir um dos cantos retirados dos versos do Alcorão (livro sagrado do Islã), dentro de uma das mesquitas.
Após as mesquitas, passamos pelo Souq, um mercado a céu aberto muito conhecido no Cairo, onde ficamos mais próximos do cotidiano do povo Copta e seus costumes, principalmente de negocias com os turistas! rsrs
E encerrando a viagem, vivenciamos um dos pontos mais marcantes: O primeiro dia do Ramadan, período de um mês no qual os muçulmanos praticam o jejum do nascer do sol ao pôr do sol. A prática é uma forma de controlar os instintos (auto-controle e auto-contenção). É o mês em que surgiu o Alcorão e um período importante para os fiéis, que são levados a refletir sobre a solidariedade, comunidade, generosidade e outros aspectos de pensar no próximo. Muito interessante ver famílias muito pobres oferecendo comida aos demais como forma de gratidão e amor, algo que foi realmente chocante e enriquecedor dessa cultura, que nos faz refletir sobre seus valores primordiais. Uma religião a ser explorada e entendida para os apreciadores de cultura e história!
Só fica o agradecimento a todo o suporte realizado pela empresa Hello Brazil, que com muito trabalho fez dessa viagem com muitas atividades, muita história e muita vivência!
Egito, o berço da humanidade, vamos conhecer?
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Felipe Mastrocinque – Consultor de viagens.