E, ai galera! 🙂
Quem escreve aqui é a Luana da TRAVEL S/A. Faço parte da produção e assessoria das viagens místicas aqui da agência e gostaria de contar um pouquinho para vocês como foi nossa primeira viagem mística na Amazônia, berço e pulmão do mundo, que pertence em grande parte, a nós brasileiros. Quando as pessoas pensam em Amazônia, primeiramente imaginam algo muito distante de ser alcançado, por que têm pouco conhecimento e as vezes até medo de planejar uma viagem para lá. Eu queria começar esse relato dizendo que SIM, é possível fazer uma viagem segura à Amazônia, e que talvez seja uma das viagens mais inesquecíveis e transformadoras da sua vida.
Por quê? Eu sempre costumo dizer que os melhores lugares para viajar são aqueles difíceis de chegar. A beleza da jornada já começa na travessia do Rio Negro para chegar ao nosso hotel de selva e a partir desse momento já começamos a nos conectar com a natureza, com a simplicidade e com nós mesmos.
Esse é o verdadeiro propósito de uma viagem mística: Conexão com a natureza, com a energia do lugar, com nós mesmos e com as pessoas que estão entregues ao momento viajando juntas. A energia de todos se complementa e é essa a parte mais rica da viagem. A troca.
A primeira parada (e talvez a mais especial) é a chamada Bototerapia. Podíamos ter incluído em nosso roteiro apenas um mergulho com os botos, como o convencional, mas queríamos que essa oportunidade de estar com esses animais dóceis se tornasse uma EXPERIÊNCIA, algo que fosse lembrado como um momento único. E assim foi. Fomos à uma prainha de areia branca e águas vermelhas com o auxílio de Igor Simões, facilitador de um projeto maravilhoso que ajuda crianças com problemas psicológicos e físicos a participarem de um processo meditativo ao lado dos botos.
Aos poucos, os botos começaram a chegar, por livre e espontânea vontade, sem a necessidade de alimentá-los, e por um tempo, tivemos a oportunidade de brincar e ter contato diretamente com esses animais sensíveis. Os botos possuem um órgão responsável pela emissão de ondas ultrassônicas, essas ondas refletem sob os corpos sólidos informando os botos sobre a distância, forma e consistência dos objetos que estão ao seu redor, dessa forma, eles conseguem “sentir o ambiente” onde se encontram mesmo em águas escuras, como a do Rio Negro, onde estávamos, e isso os tornam animais totalmente sensitivos. Igor nos orientou a observar em qual parte de nosso corpo os botos “encostavam” e nos disse que talvez essa “parte” precisaria de alguma cura, tanto no físico quanto no espiritual.
Dali seguimos ao nosso hotel de selva onde fomos recebidos com muito amor pelos donos e colaboradores. Acordávamos e dormíamos ao som de pássaros, cigarras ou apenas ao som do silêncio. Fomos pegos de surpresa ao saber que não havia rede wi-fi disponível na pousada. No início, confesso que foi meio assustador, mas no dia seguinte já havíamos esquecido toda e qualquer necessidade de se comunicar com o “exterior”, pois já estávamos ali, conectados no interior da gente. Os dias passavam devagar, as conversas se tornaram longas e produtivas, a troca com as pessoas se tornaram mais intensas. No fim, todos agradecemos muito a oportunidade x desafio de ficar sem internet pois a nossa entrega se tornou muito maior.
Acordávamos todos os dias junto ao sol e aos passarinhos e nos uníamos em frente ao rio para fazer uma meditação guiada pela @daidagostini, idealizadora e responsável pelas “Viagens Místicas”. A cada dia, fomos guiados por uma meditação diferente, trabalhando todos os nossos chakras, nosso caminho à autocura e evolução espiritual. É muito especial ter essa oportunidade no meio da Amazônia – sentindo conexão total com a natureza e com a simplicidade das pessoas que lá vivem. Cada lugar que visitávamos era um convite para a meditação – um momento de conexão com o nosso interior – seja no meio da canoa visualizando o Rio Negro totalmente espelhado pelas árvores, seja passando pelos “furos”, seja vendo o nascer ou o por do sol.
Visitamos uma comunidade ribeirinha e uma casa de um local que nos mostrou como funciona a produção da farinha e da tapioca, uma fonte de renda alternativa “sustentável” para as pessoas que lá vivem como substituição ao extrativismo. O contato com os moradores locais é também uma parte importante da viagem pois muito deles dependem de quem os visita para viver, englobando o chamado – turismo de base comunitária.
Para finalizar a viagem com a mesma emoção que começamos, visitamos uma tribo indígena e sentimos de perto a energia de nossos ancestrais. Conversamos, rimos, trocamos energias, e até nadamos com os índios, que também dependem de nossa visita para viver. Assim que chegamos, fomos convidados a sermos pintados com urucum pelas mulheres da tribo. O Pajé da tribo nos explicou um pouco sobre seus costumes e logo em seguida participamos de uma dança tradicional ao lado deles.
Ah, não consigo não mencionar a comida da nossa pousada! Que comida maravilhosa! Todos os dias pratos e sucos naturais feitos com ingredientes típicos da Amazônia.
Foram dias lindos e transformadores que ficarão sempre na memória de quem pôde estar lá. Ainda bem que tem viagem mística na Amazônia todo ano e as oportunidades ainda não acabaram.
Quem sentir de fazer essa viagem, FAÇA. Não deixe passar! Qualquer coisa estou aqui para te auxiliar, com muito prazer.
Luana Boregio – Consultora de viagens.